
Perdas e Luto

"A realidade do luto é muito diferente do que os outros veem de fora. Algumas dores não podem ser remediadas com torcida e positividade. Você não precisa de soluções. Não precisa superar o luto. Precisa, sim, que alguém o enxergue e o reconheça... receber apoio e conforto que ajude você a viver a sua realidade. Companheirismo, e não julgamento, é o jeito de avançar."
Megan Devine
Um questionamento bastante comum é se há a necessidade do enlutado procurar por uma psicoterapia e, se sim, de quando procurá-la.
A maneira pelo qual a pessoa vai transitar pelo processo do luto é muito individual onde muitas são as interferências, os facilitadores e os complicadores.
Apesar de ser individual muitas reações são comuns e esperadas, mas, se elas persistirem de maneira a impedir que o enlutado consiga seguir enfrente é um indicativo para se procurar por um auxílio profissional.
Não se fala em tempo para que o processo de luto chegue ao fim, mas alguns pontos que merecem um olhar atento que podem indicar que o percurso esteja seguindo para um luto complicado e são indicativos para a procura de psicoterapia são:
O enlutado não identifica possibilidades da continuidade da vida. A vida perde o sentido;
Os sentimentos fixam-se nos extremos: ou a pessoa vive na negação, como se nada tivesse acontecido, ou vive na dor profunda;
Não consegue retomar sua rotina funcional e nem criar novos hábitos. Fica estagnado e geralmente mais isolada;
Nem do decorrer do tempo aceita a realidade da perda.
A psicoterapia é o recurso que cuida e acolhe a dor, que abre espaço sem julgamentos e auxilia nas ressignificações respeitando o tempo e as crenças de cada um para que o luto transcorra de maneira natural.

Monica Serpentini
Psicóloga
CRP 6/72177
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"Nosso trabalho não é construir significados para os enlutados; é, isto sim, ajudá-los a construir os próprios significados para a perda, no tempo e no ritmo deles."
Rodrigo Luz